terça-feira, 30 de abril de 2013

Por Que é Necessário O Mediador?


      Na maioria dos contratos humanos, há a necessidade do mediador, seja aquele que apresenta outrem, seja aquele que dá fiança, garantindo o contrato. Também há sociedades que só aceitam membros se forem apresentados por um membro efetivo, garantindo a fiança. Em contratos de locação residencial ou industrial, é preciso de um fiador. Em contratos escolares e de cursos diversos, também. Até aquelas referências que damos para o crédito em lojas também são consideradas fianças.
       Jesus Cristo também é Fiador, e Ele nos fia diante de Deus. Mas a fiança de Jesus é um fiança diferente das fianças humanas. Enquanto as fianças humanas só são requeridas quando o devedor não quita suas dívidas, sendo necessária a intervenção do fiador, Jesus Cristo já se apresenta como o Fiador que quita as nossas dívidas, pois Ele já sabe que não podemos pagar. Ele não é o fiador de espera, o fiador que só entra em ação depois que a dívida não for satisfeita, mas Ele se antecipa e paga o nosso débito, integralmente.
      A Escritura nos dá conta, na carta aos Hebreus, que Jesus Cristo "com uma única oferta, pagou para sempre a dívida do seu povo". E essa mesma carta ainda afirma que "nos convinha um Mediador como esse, perfeito em absoluto, que pagou de uma vez por todas, tal a sua riqueza". O Mediador Jesus Cristo é o único que pode nos conduzir a Deus, o único que pode nos tornar aceitáveis diante de Deus, o único que pode pagar nossa dívida diante de Deus, contraída pela multidão dos nossos pecados.
      Só por esse Mediador é que seremos "declarados quites" diante de Deus, sem qualquer dívida, sem qualquer ônus, entrando, desta forma, na bem-aventurança eterna, gozando de todos os créditos que Ele tem diante do Pai.
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      Este sermão foi proferido pelo Pr. Edson Rosendo de Azevedo  do púlpito da Primeira Igreja Batista Reformada em Caruaru, no domingo 28/04/2013. Foi baseado em Deuteronômio 5:22-33 e foi divido em três tópicos que respondem à seguinte pergunta: Por Que é Necessário Um Mediador?

      I - Porque o Homem é um Iludido Consigo Julgando-se Bom
      II - Porque Deus Considera o Homem Um Pecador
      III - Porque Deus é Perfeito

terça-feira, 23 de abril de 2013

Particularidades da Lei de Deus


A Capacitação Vem de Deus

        O Senhor deu a seu povo estatutos, leis, mandamentos, preceitos, decretos, testemunhos, todos de forma organizada, sistemática, facilitada, a fim de que o povo tivesse toda facilidade de receber a instrução, capacitando-se a obedecer.
Deus nunca deixou seu povo na ignorância, na estupidez, desassistido, mas sempre o assistiu de modo diligente, completo, ensinando todas as lições necessárias. Quando deu instruções para o culto, Deus tratou de instruir o povo sobre o monoteísmo, sobre a natureza espiritual do culto, proibindo-o de fabricar imagens e muito mais o proibiu de adorá-las, prestar-lhes culto.
Ele ensinou que seu nome seria o único a ser honrado no culto, e que a dubiedade nessa prática seria considerada um rebaixamento de seu nome, e que Ele não teria por inocente aquele que procedesse dessa forma. E concluindo as instruções para o culto, Deus estabeleceu o dia da santa convocação, que seria o dia de descanso, quando Ele decretou feriado a fim de que ninguém se eximisse de participar de tão importante reunião pública.
O Senhor ainda deu instruções sobre como o homem deveria se portar para com seu semelhante de modo que glorificasse a Deus, que seria honrando toda e qualquer autoridade constituída (porque não há autoridade que não seja instituída por Deus).
 Ensinou o povo a honrar a vida, proibindo-o de matar. Ensinou a não ter o sexo como banal, quando proibiu o povo de adulterar. Ordenou que o patrimônio do próximo fosse preservado, não podendo ser objeto de espoliação, de subtração. Proibiu também o mau uso da língua no trato com o próximo. E finalizou vedando os pensamentos impróprios acerca de tudo quanto pertença ao próximo.
Tanto o povo de Israel na antiga aliança quanto a igreja do Senhor foram capacitados integralmente para agir correto. No dizer de Pedro: "Todas as coisas que nos conduzem à vida e à piedade já nos foram dadas". Tudo isso aponta para a capacitação que Deus proporciona àqueles que chamou.
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Este Sermão foi proferido pelo Pr. Edson Rosendo, do púlpito da Igreja Batista Reformada em Caruaru, no domingo, Dia do Senhor, 21/04/2013. Foi baseado no livro de Deuteronômio do capítulo 4:44 até o capítulo 5:21. Ele foi dividido em três partes:
I - A Doação da Lei e a Sua Circunscrição
II - A Lei Ensina Como Cultuar a Deus
III - A Lei Ensina Como Tratar o Próximo

Faça AQUI o DOWNLOAD do ÁUDIO do SERMÃO


Os Instrumentos Para Conquista do Reino


     Este sermão foi proferido pelo Pr. Edson Rosendo, do Púlpito da Primeira Igreja Batista em Caruaru, no domingo, Dia do Senhor 07/04/2013. Foi baseado em Deuteronômio 4:1 e foi dividido em duas partes:

     I O Primeiro Instrumento Para Conquistar o Reino de Deus é: Ouvir
     II O Segundo Instrumento Para Conquistar o Reino de Deus é: Obediência

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A Conquista do Reino

Deus prometeu a Abraão a terra, mas ele teria que percorrê-la, conquistá-la. Josué entrou na terra com o povo, mas teve imenso trabalho em iniciar a tomada da mesma. Davi prolongou as fronteiras, tornando-se o maior conquistador de Israel. Antes de entrar na terra, Deus deu os instrumentos da conquista, as ferramentas para a tomada: a obediência à lei, a suficiência da Escritura, o ódio pela idolatria – eram as armas com as quais Israel conquistaria o reino, a terra, delimitada em seu perímetro pelo próprio Deus.
Nós também precisamos conquistar o reino, mas outro reino, o reino espiritual, cuja terra da antiga aliança funcionava como um modelo. Ingressamos no reino de Deus pela graça, por meio da fé em Cristo, e não mais pela descendência natural de Abraão, mas pela espiritual, pois Abraão é o pai de todos os que crêem.
Uma vez no reino de Deus, precisamos conquistá-lo, e isto exige esforço em estudar a Escritura a fim de entendê-la. Exige duras lutas em oração, a fim de ganharmos intimidade com o Pai e amadurecermos como crentes fiéis. Exige grande esforço em cultuar a Deus do modo como Ele prescreveu, vencendo as nossas opiniões pessoais, os nossos conceitos humanistas e estabelecendo as regras das sagradas Escrituras.
A conquista do reino de Deus nos é imposta mediante uma vida missionária, onde arduamente nos equipamos com as armas corretas para guerrear contra o reino das trevas, conquistando os homens ímpios, pregando-lhes a Palavra da salvação e trazendo-os das trevas para a luz. Nesse mister, excelente manuseio das Escrituras nos é exigido, a fim de respondermos de forma hábil a todo aquele que nos pedir a razão da nossa esperança.
Nenhum preguiçoso em estudar as Escrituras conquistará o reino. Nenhum negligente em oração avançará um palmo na conquista do reino de Deus. Nenhum profano conseguirá percorrer sequer uma polegada na direção da santidade de vida. Nenhum relapso conseguirá pregar as boas novas do evangelho sequer às pessoas de casa.
Quando a Escritura nos diz que o reino de Deus é tomado por esforço, ela está nos exortando gravemente a não tomarmos em vão a graça de Deus, antes nos incentiva a desenvolvermos nossa salvação com temor e tremor, pois Deus está diretamente envolvido na fiscalização dessa atividade. E nessa lide não teremos desculpas, pois todas as coisas que nos conduzem à vida e à piedade já nos foram dadas.

sábado, 20 de abril de 2013

As Regras da Aliança


Esse Sermão foi proferido pelo Pr. Edson Rosendo de Azevedo, do púlpito da 1ª Igreja Batista Reformada em Caruaru, no domingo, Dia do Senhor, 14/04/2013. Foi baseado em Deuteronômio 4:25-40 e foi dividido em 3 pontos:
1) As Ameaças Que Deus Faz Por Conta do Pecado e Ele Promete o Castigo
2) Arrependimento e Restauração
3) As Duas Partes do Pacto: Deus e o Crente
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As Cláusulas da Aliança

       Todos os crentes estão em aliança com Deus. Os termos da aliança é Deus quem define, pois as partes são infinitamente desiguais - Deus e o homem – e nenhum de nós teria a mínima condição de elaborar uma cláusula sequer, e muito menos ter a opção de dizer se concorda ou não com alguma delas. 
       Por ser Deus o elaborador dos termos da aliança, ela é perfeita e visa o nosso bem. A obediência é o item que nos é requerido para receber a promessa das bênçãos, e os castigos são os itens punitivos quando descumprimos as cláusulas que nos foram impostas. 
       Por causa da nossa natureza caída, os castigos seriam exclusivamente o nosso quinhão, pois nada há que façamos com perfeita obediência. Foi nessa cena que Jesus Cristo surgiu, como homem perfeito, cumprindo toda a obediência requerida por Deus, sendo aprovado com louvor, tornando-se o único meio de acesso ao Pai. Por isso que é por Ele que nos achegamos a Deus. 
       Desse ponto em diante, todos os que nele confiam passam a viver uma vida de separação, de santidade, de imitação ao seu Senhor, tendo grande ânsia de ser como Ele é, exibindo-o na vida, dizendo “não mais eu, mas Cristo vive em mim”, entendendo o que significa ser “predestinado para ser conforme a imagem de Cristo”. 
       Mas mesmo nesse estágio, os santos podem incorrer em graves pecados, inclusive a excomunhão, passando largo tempo no mundo, chafurdado no pecado, provando os horrores da velha vida, porém, quando na sua angústia clamarem ao Senhor, e o buscarem de todo o coração, Ele os escutará e se deixará achar, vindo em seu socorro, acudindo-os e lhes restaurando à perfeita comunhão dos santos. 
       Nenhuma das ovelhas do Senhor se perderá. Todas elas tem a característica de escutar a voz do Pastor e segui-lo. Elas estão nas Suas mãos e dali ninguém as arrebatará. Portanto, quando alguém estiver entristecido, debilitado, enfraquecido, desanimado, ou mesmo vivendo em pecado, há esperanças de restauração, pois Deus se lembrou das nossas fraquezas e nos proveu reabilitação.


segunda-feira, 1 de abril de 2013

Conquistando Para o Reino de Deus


O período entre a queda e o final de todas as coisas é um vale de lágrimas. O homem nasce chorando e morre gemendo. O sofrimento só não é pleno nesse período por causa da misericórdia de Deus. Ele estabeleceu nesse período um regime misto de juízo e misericórdia. Por isso não sentimos o sofrimento na plenitude, temos dias de alegria, de prazer, de conforto, de bonança, de saúde.
O salmista afirma que Deus não nos castiga segundo merecem os nossos atos, mas muito menos do que merecem. Somos tão frágeis que, ao menor sinal da indignação de Deus, já desfalecemos. Há pessoas que passam pela vida inteira e sofrem pouco. Há outros que sofrem muito, de modo atroz.
Quem visita o hospital de cancerosos vê tanto sofrimento que fica depressivo. Há pessoas gemendo e gritando por todos os lados, revolvendo-se no leito, pedindo a morte. Os parentes ao lado, em agonia, pedem que Deus apresse sua morte. Os homens fogem da dor, do sofrimento.
No entanto, o caráter bíblico do sofrimento, da dor, é outro. A Escritura ensina ao cristão a enfrentar a dor e o sofrimento pela perspectiva de Deus. Aqueles que não têm esperança não aprenderão a lição, mas o cristão sim. A Escritura afirma que, por maior que seja o sofrimento do cristão – seja de que natureza for, ele ainda é chamado de "leve e momentânea tribulação". Leve é alguma coisa que não é pesada e momentâneo é algo que passa rápido, ligeiro, algo que nem dá tempo "dar fé".
Mesmo que o cristão passe toda sua vida de 60 ou 70 anos em sofrimento atroz, ainda assim a Escritura classifica esse período como sendo de tribulação leve e momentânea. Por quê? Porque toda e qualquer tribulação produz para o crente um eterno peso de glória, acima de qualquer compreensão.
Esse é o ensino da Escritura para o cristão, a fim de que ele passe por este vale de lágrimas de modo diferente, maduro, bíblico, vivendo segundo a visão de Deus.
Esse é o contexto do sermão proferido pelo Pr. Edson Rosendo, do Púlpito da Primeira Igreja Batista Reformada em Caruaru, do domingo Dia do Senhor 31/03/2013. O texto Bíblico base se encontra em Dt.3:21-22 e o sermão foi dividido em três pontos:
1) Na Conquista do Reino de Deus Não Há Inimigo Que Resista
2) Deus é o Senhor da Conquista
3) Deus é o Selecionador dos Ceifeiros

A Reforma Deve Ser Contínua


Nem toda a vida será suficiente para alguém se considerar plenamente reformado, completamente amoldado à doutrina dos apóstolos. Nenhum homem poderá se considerar plenamente reformado enquanto nesta vida. Nenhuma igreja poderá se arvorar a condição de ser reformada na sua plenitude. A Reforma nunca para.
Por mais que alguém avance na Reforma, sempre haverá áreas na vida a serem reformadas. A igreja de Jerusalém entendia dessa forma, por isso que Lucas escreveu que ela perseverava na doutrina dos apóstolos. Perseverar na doutrina é se reformar continuamente, sem cessar, sem parar, sem descansar.
O crente deve ser aquela pessoa, então, humilde, pronta a reconhecer que muitas áreas da vida ainda não foram reformadas, transformadas pelo poder do Evangelho, e que em muitíssimas coisas ainda continuam sob a égide da velha lei – a lei do pecado – e muitas dessas áreas mascaradas por uma pseudo-transformação, sem, no entanto, sofrerem aquelas mudanças profundas que a Palavra de Deus produz.
Muitos reformadores entenderam a necessidade imperiosa dessa transformação contínua, mas outros mais se retardaram nessa tarefa, e é justamente nesse ponto que reside o perigo. Uma estagnação da Reforma pessoal ou da igreja provoca retrocesso, perdas significativas, recuperáveis a um alto custo.
Crenças, que outrora eram baluartes da fé, hoje são descridas. Práticas, que antes fizeram a diferença, hoje são contraditadas. E por que? Porque qualquer perda de avanço na Reforma significa retrocesso obrigatório. A princípio, imperceptível, mas depois visível, palpável e, por fim, desvio, escândalo.
Os poetas sacros diziam "quantos que corriam bem já não mais conosco estão". Os reformadores diziam "reformado sempre reformando". Os apóstolos diziam "aquele que cuida estar em pé, olhe não caia". O Senhor Jesus alertava "vigiai e orai para que não entreis em tentação".
A Reforma da vida é uma batalha pessoal, incessante, diária e incansável. O pecado luta tenazmente contra nós, querendo nos tragar. A luta é renhida, sem tréguas. Um vacilo, e grandes perdas se farão sentir.
A Escritura precisa ser livro de bolso e de bolsa. A oração precisa ser a tempo e fora de tempo. A comunhão no culto precisa acontecer na saúde e na doença, principalmente quando a doença é uma doencinha. Ninguém pode prescindir dessas armas.
Mas, a perseverança é uma característica dos santos, pois ninguém persevera por decisão pessoal. Antes, a perseverança é uma das bênçãos da justificação pela fé, que produz paz com Deus, gloriar-se na esperança da glória de Deus, gloriar-se nas tribulações, porque é ela que produz perseverança. Se a perseverança é marca do crente, então "reformado sempre reformando".
Esse sermão foi proferido pelo Pr. Edson Rosendo, no domingo 24/03/2013, do púlpito da Primeira Igreja Batista Reformada em Caruaru. Foi baseado em II Cr.15:12-14 e foi dividido em quatro pontos:
1) Devemos Aproveitar a Paz Para Fazer Reformas
2) A Nossa Vida de Obediência Não Significa Ausência de Problemas
3) Reformado Sempre Reformando
4) Autoconfiança Pode Destruir a Reforma