segunda-feira, 1 de abril de 2013

A Reforma Deve Ser Contínua


Nem toda a vida será suficiente para alguém se considerar plenamente reformado, completamente amoldado à doutrina dos apóstolos. Nenhum homem poderá se considerar plenamente reformado enquanto nesta vida. Nenhuma igreja poderá se arvorar a condição de ser reformada na sua plenitude. A Reforma nunca para.
Por mais que alguém avance na Reforma, sempre haverá áreas na vida a serem reformadas. A igreja de Jerusalém entendia dessa forma, por isso que Lucas escreveu que ela perseverava na doutrina dos apóstolos. Perseverar na doutrina é se reformar continuamente, sem cessar, sem parar, sem descansar.
O crente deve ser aquela pessoa, então, humilde, pronta a reconhecer que muitas áreas da vida ainda não foram reformadas, transformadas pelo poder do Evangelho, e que em muitíssimas coisas ainda continuam sob a égide da velha lei – a lei do pecado – e muitas dessas áreas mascaradas por uma pseudo-transformação, sem, no entanto, sofrerem aquelas mudanças profundas que a Palavra de Deus produz.
Muitos reformadores entenderam a necessidade imperiosa dessa transformação contínua, mas outros mais se retardaram nessa tarefa, e é justamente nesse ponto que reside o perigo. Uma estagnação da Reforma pessoal ou da igreja provoca retrocesso, perdas significativas, recuperáveis a um alto custo.
Crenças, que outrora eram baluartes da fé, hoje são descridas. Práticas, que antes fizeram a diferença, hoje são contraditadas. E por que? Porque qualquer perda de avanço na Reforma significa retrocesso obrigatório. A princípio, imperceptível, mas depois visível, palpável e, por fim, desvio, escândalo.
Os poetas sacros diziam "quantos que corriam bem já não mais conosco estão". Os reformadores diziam "reformado sempre reformando". Os apóstolos diziam "aquele que cuida estar em pé, olhe não caia". O Senhor Jesus alertava "vigiai e orai para que não entreis em tentação".
A Reforma da vida é uma batalha pessoal, incessante, diária e incansável. O pecado luta tenazmente contra nós, querendo nos tragar. A luta é renhida, sem tréguas. Um vacilo, e grandes perdas se farão sentir.
A Escritura precisa ser livro de bolso e de bolsa. A oração precisa ser a tempo e fora de tempo. A comunhão no culto precisa acontecer na saúde e na doença, principalmente quando a doença é uma doencinha. Ninguém pode prescindir dessas armas.
Mas, a perseverança é uma característica dos santos, pois ninguém persevera por decisão pessoal. Antes, a perseverança é uma das bênçãos da justificação pela fé, que produz paz com Deus, gloriar-se na esperança da glória de Deus, gloriar-se nas tribulações, porque é ela que produz perseverança. Se a perseverança é marca do crente, então "reformado sempre reformando".
Esse sermão foi proferido pelo Pr. Edson Rosendo, no domingo 24/03/2013, do púlpito da Primeira Igreja Batista Reformada em Caruaru. Foi baseado em II Cr.15:12-14 e foi dividido em quatro pontos:
1) Devemos Aproveitar a Paz Para Fazer Reformas
2) A Nossa Vida de Obediência Não Significa Ausência de Problemas
3) Reformado Sempre Reformando
4) Autoconfiança Pode Destruir a Reforma

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